A Dádiva de Amigos Devotos
- Mario Lacerda
- 13 de mai.
- 3 min de leitura
Embarcando em um navio de Adramítio, que estava prestes a zarpar para os portos ao longo da costa da Ásia, partimos, acompanhados por Aristarco, um macedônio de Tessalônica. No dia seguinte, atracamos em Sidom. E Júlio tratou Paulo com bondade e lhe deu permissão para ir aos seus amigos e ser cuidado. Atos 27:2–3

O dia havia amanhecido, e o grande anseio de Paulo de ir a Roma estava se aproximando da realização. Ele era um dos vários prisioneiros cujo destino era a cidade no centro do mundo conhecido. Mas, no início de sua jornada, Lucas nos fornece detalhes que, à primeira vista, parecem estranhos e irrelevantes. Ele e Paulo, ele nos conta, estavam "acompanhados por Aristarco, um macedônio de Tessalônica".
Aristarco não é um personagem bíblico muito conhecido. Pelos poucos lugares onde é mencionado, sabemos que era um bom homem para se ter por perto em qualquer momento, mas especialmente em tempos difíceis. Ele aparece pela primeira vez em Atos 19:29, onde acaba em perigo quando Paulo e seus companheiros são atacados por uma multidão. Ele também é mencionado no final de Colossenses (Colossenses 4:10) e de Filemom (Filemom 24). Se essas duas epístolas foram escritas em Roma, como é provável, então Aristarco evidentemente permaneceu com Paulo durante toda a sua jornada a Roma e sua subsequente prisão.
A menção da presença de Aristarco com Paulo nos lembra que mesmo este grande apóstolo dos gentios não estava isento da necessidade de amizade. Paulo é uma figura tão significativa que podemos ser tentados a quase deificá-lo, presumindo que ele estava acima e além dessas "necessidades mundanas". Mas, na verdade, ele prezava a amizade. Ao escrever sua segunda carta a Timóteo, no final da vida, ele concluiu a epístola pedindo não apenas os pergaminhos e sua capa (2 Timóteo 4:13), mas também a rápida chegada de Timóteo (v. 9). Os pergaminhos estimulariam sua mente. Sua capa o protegeria do frio. Mas ele precisava de Timóteo porque, para Paulo, a amizade realmente importava.
A necessidade de amizade de Paulo é revelada novamente quando Lucas nos conta que, ao chegar a Sídon, a caminho de Roma, Paulo recebeu permissão do centurião que supervisionava os prisioneiros para "ir aos seus amigos e ser cuidado". Seria inadequado que o poderoso apóstolo fosse cuidado por outros? De jeito nenhum! Paulo abraçou sua fraqueza e dependência dos outros porque sabia que o "poder de Cristo se aperfeiçoa na fraqueza" (2 Coríntios 12:9).
Quanto mais cedo descobrirmos quão fracos realmente somos, mais cedo aprenderemos o valor da amizade. Não importa quão forte ou talentoso você seja, você não é o Super-Homem. Se este poderoso apóstolo precisava de companheiros em sua vida, então você também precisa. A amizade é um presente maravilhoso que Deus lhe deu para que você seja encorajado e apoiado em sua jornada por esta vida. Hoje, então, considere os amigos piedosos que o Senhor colocou ao seu redor. Agradeça pelo amor e apoio deles. E acima de tudo, ore pela perseverança e encorajamento deles na fé, sabendo que assim como você precisa que eles o apontem para Cristo, eles também precisam de você.
Perguntas para Reflexão
Como Deus está me chamando para pensar de forma diferente?
Como Deus está reorganizando as afeições do meu coração — o que eu amo?
O que Deus está me chamando para fazer no meu dia a dia hoje?
O material devocional foi extraído dos devocionais diários "Truth For Life", de Alistair Begg, publicados pela The Good Book Company, thegoodbook.com. Usado pela Truth For Life com permissão. Copyright © 2021, 2022, The Good Book Company.
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