A Alegria da Inadequação
- Mario Lacerda
- 12 de mai.
- 3 min de leitura
Não que sejamos capazes, por nós mesmos, de reivindicar algo como vindo de nós, mas a nossa suficiência vem de Deus, que nos habilitou para sermos ministros de uma nova aliança.
2 Coríntios 3:5–6

O propósito de Deus para o Seu povo em todas as eras é que dependamos dEle inteiramente.
Essa dependência não nos é natural porque um dos grandes ídolos de todas as eras é o poder. Seu fascínio é forte, sua capacidade de corromper ainda mais forte. E o que é verdade agora sempre foi: aqueles que obtêm poder são aqueles ousados o suficiente para buscá-lo, e tendem a ser marcados por características como carisma e personalidades fortes. É assim que muitos medem força e utilidade. Tragicamente, mesmo dentro da igreja, líderes frequentemente recebem autoridade e influência por causa de seu magnetismo, e não por seu caráter, e por causa de sua ambição, e não por sua humildade.
Paulo estava bem familiarizado com tais erros de cálculo. De fato, ele até mesmo dedicou partes de duas cartas instruindo a igreja de Corinto a não avaliar líderes espirituais pelos padrões mundanos. Em algumas ocasiões, os coríntios foram tentados a se alinhar com seus oradores favoritos e a valorizar a sabedoria mundana. Em outras, Paulo teve que combater a influência dos chamados "superapóstolos", cuja força, dons e poder eram observáveis de uma forma que os coríntios achavam atraente (2 Coríntios 11:5; 12:11).
Em contraste, Paulo disse: "Quando estou fraco, então sou forte" (2 Coríntios 12:10). Ele sabia que o poder de Cristo se manifestava em sua fraqueza e prontamente confessou que não era adequado para a obra que lhe fora confiada: "Quem é idôneo para estas coisas?" (2:16).
Podemos não ser "superapóstolos", mas podemos nos identificar com a tentação do pensamento mundano. Todos somos propensos a confiar em nós mesmos — em nossa personalidade ou em nossos dons. O que precisamos aprender é que a utilidade espiritual não se encontra nessas coisas. Em vez disso, ela é descoberta quando nos humilhamos diante de Deus, quando reconhecemos que somos totalmente inadequados. A confissão de Paulo deve ser nossa: fraqueza é, na verdade, força. A própria natureza da "nova aliança", feita por Jesus em Seu sangue e para a qual não trazemos nada além do nosso pecado, deve ser tudo o que precisamos para nos lembrar de que não temos o que precisamos, mas Ele tem. Deus está trabalhando para nos levar a esse ponto — para nos convencer de que somente Ele é adequado. Queremos crescer em ousadia? Então, devemos abraçar nossa fraqueza diante de Deus, e Ele nos conduzirá à ousadia cheia de fé diante dos outros. Queremos crescer em utilidade? Então, devemos abraçar nossa inadequação em particular, e Deus provará Sua suficiência por meio de nós.
Podemos não ser "superapóstolos", mas podemos nos identificar com a tentação do pensamento mundano. Todos somos propensos a confiar em nós mesmos — em nossa personalidade ou em nossos dons. O que precisamos aprender é que a utilidade espiritual não se encontra nessas coisas. Em vez disso, ela é descoberta quando nos humilhamos diante de Deus, quando reconhecemos que somos totalmente inadequados. A confissão de Paulo deve ser nossa: fraqueza é, na verdade, força. A própria natureza da "nova aliança", feita por Jesus em Seu sangue e para a qual não trazemos nada além do nosso pecado, deve ser tudo o que precisamos para nos lembrar de que não temos o que precisamos, mas Ele tem. Deus está trabalhando para nos levar a esse ponto — para nos convencer de que somente Ele é adequado. Queremos crescer em ousadia? Então, devemos abraçar nossa fraqueza diante de Deus, e Ele nos conduzirá à ousadia cheia de fé diante dos outros. Queremos crescer em utilidade? Então, devemos abraçar nossa inadequação em particular, e Deus provará Sua suficiência por meio de nós.
Você já considerou a possibilidade de que uma das maiores barreiras à sua utilidade em servir a Deus pode, na verdade, ser o seu próprio senso de adequação pessoal? Não deixe de reservar um tempo para orar e peça a Deus que lhe mostre se a ilusão da autossuficiência se infiltrou em seu pensamento de uma forma ou de outra. Peça a Ele que a tire de você, para que você possa servir na liberdade e na alegria da inadequação — e observe-O fazer a obra!
Perguntas para Reflexão
Como Deus está me chamando para pensar de forma diferente?
Como Deus está reorganizando as afeições do meu coração — o que eu amo?
O que Deus está me chamando para fazer no meu dia a dia hoje?
O material devocional foi extraído dos devocionais diários "Truth For Life", de Alistair Begg, publicados pela The Good Book Company, thegoodbook.com. Usado pela Truth For Life com permissão. Copyright © 2021, 2022, The Good Book Company.
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